sábado, 28 de maio de 2011

Desmatamento 2011

Deter Março e Abril 2010 X 2011

Desmatamento Agosto a Abril na AMZ: Aumento de 26%
Fonte: DETER 2011 – Indicadores de desmatamento da Amazônia no período Janeiro-Abril 2011


O DETER é um levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE desde maio de 2004, com dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do Sensor WFI do satélite CBERS, de resolução espacial de 250 m. O DETER foi desenvolvido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Por esta razão o DETER mapeia tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.
Desmatamento não é um evento, mas um processo. A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns meses até vO DETER deve ser usado apenas como indicador de tendências do desmatamento anual. ários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível por limitações de cobertura de nuvens. É preciso distinguir entre o tempo de ocorrência e a oportunidade de detecção do desmatamento, que é quando a fração de exposição de solo permite a sua interpretação e mapeamento.
INPE enfatiza que o DETER é um sistema expedito de alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização. 
Fonte: Coordenação-Geral de Observação da Terra (OBT) - Disponível em: http://www.obt.inpe.br/deter/



sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Aldocioso Rebelo" - Novo Código Florestal

Depois de atender à imprensa, Aldo participou de um almoço com políticos, empresários e representantes da Marinha, Aeronáutica e Exército e falou sobre a aprovação do novo Código Florestal. O deputado elogiou a aprovação do texto e, diferente do que havia declarado aos jornalistas momentos antes, chegou a dizer que acha um “escândalo” o estado da Amazônia ter que preservar 80% da reserva legal.“Acho um escândalo, mas não tivemos fôlego para mudar, deixa isso para as futuras gerações resolverem”, disse o deputado, que foi muito aplaudido pelos presentes em diversas de suas falas. O evento, chamado Biosfórum, ocorreu durante dois dias e reuniu ainda o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o vice-governador do Ceará, Domingos de Aguiar e o governador do Amazonas, Omar Aziz.Fonte: Correio do Brasil Ano XI - Número 4165 - Aldo Rebelo: "Meu relatório não é pró-ruralistas". Disponível em: <http://correiodobrasil.com.br/aldo-rebelo-%E2%80%9Cmeu-relatorio-nao-e-pro-ruralistas%E2%80%9D/246191/>. 

O ilustríssimo ou, como é mais cabível, lustríssimo, por sua lustrosa cara-de-pau... Pensando bem, lustríssimo cara-de-pau nem é tão cabível assim, pois, penso eu, que se sua cara fosse de pau, ele não defenderia o projeto de reforma do código florestal. Vamos dizer apenas senhor deputado Aldo Rebelo, pois não merece mais do que isso. Não merece nem isso. Merece indignação. Quanta besteira tem falado o tal senhor e a “sociedade” ainda aplaude.
Talvez nem esse título seja muito apropriado. O nome do deputado combinaria mais com as palavras afronto e ignorância ao invés de audácia. Nada mais justificável. Afronto, pois defende uma reforma que provocará o fim do pouco que ainda resta de florestas no Brasil. Isso é um afronto perante o ambiente e perante a sociedade. Ignorância, pois alguém que propõe as mudanças como ele o fez, só pode ser muito ignorante em relação à preservação do meio ambiente.
Mas é claro que o problema não é dele, “deixa isso para as futuras gerações resolverem”. O que ele quer é conseguir os votos dos ruralistas e está pouco se importando com o futuro ambiental do país. “Deixa isso para as futuras gerações”, não é???
Como foi dito em reunião entre a presidente Dilma e ex-ministros do meio ambiente para discutir sobre a modificação do Código Florestal, entre os meses de abril e maio, o desmatamento aumentou em 450%, muito provavelmente pela expectativa da aprovação do novo código. Imagina quando o código entrar em vigência... Tomara que não entre. (Referência: Gazeta do Povo - Leia a reportagem: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/05/noticias/minuto_a_minuto/nacional/860072-dilma-pode-vetar-totalmente-projeto-de-codigo-dizem-ex-ministros.html).
Agora que o governo cedeu, nossa única saída é protestar. O poder está nas nossas mãos. Nós, sociedade. Nós que votamos em políticos como esse deputado e todos os outros que votaram a favor da mudança. 410 votos? (quantos deles não sabem se quer o que uma APP?)?. Nós que não mostramos nossa indignação. O futuro do meio ambiente está sob nossa responsabilidade. Vamos fazer alguma coisa ou vamos “deixar para as próximas gerações”?


 
















                                                                                                                                                                   



Marina Cayres